Capitulo V Arqueologia FUNARI
A Arqueologia não é uma simples técnica no sentido prático e empírico da palavra, entretanto a escavação é, de fato, essencial para reflexão metodológica e teórica nas pesquisas arqueológicas. É essa prática a principal fonte de informação e produção de documentação nessa área.
As técnicas de escavações não são universais, podendo variar entre épocas e ambientes culturais diversos, cada uma possuindo suas especificidades. Dessa forma não se pode pensar que tal prática arqueológica é superior a outra, inexistindo então um sentido de evolução ou aperfeiçoamento da mesma forma que não é sensato criar premissas cientificas para tais técnicas.
O que se pode seguir são procedimentos básicos de escavação divididos em dois vastos campos:
O DESENTERRAMENTO EM ARQUEOLOGIA
O desenterramento que tem como principal objetivo retirar a terra de grandes estruturas fixas como colunas, pavimentos, etc, atrelado a tentativa de recuperação íntegra de objetos preciosos.
Essa prática concentrou-se em áreas como Oriente Médio, o Mediterrâneo e a América Espanhola, detentoras de uma grande quantidade de monumentos históricos. É caracterizado, geralmente, por dois elementos: o arqueólogo, principal responsável por organizar e dirigir a "escavação" e a mão de obra, encarregada do trabalho braçal no sítio.
O desenterramento tem também uma necessidade básica de "rápida liberação, para o público, dos monumentos desenterrados" vendo que os mesmos são "dotados de excepcional valor turístico".
A pá e a picareta são os instrumentos básicos para essa prática e, posteriormente, o uso de explosivos e meios mecânicos de desenterramento que aumentaram a velocidade consideravelmente.
A ESCAVAÇÃO ESTRATIGRÁFICA E A MICRO-HISTÓRIA
A escavação estratigráfica é caracterizada pela observação da disposição horizontal e vertical dos estratos que compõe o deposito arqueológico com o objetivo de reconstrução da micro-história do sítio trabalhado. A