Em 1967, a guerra começou numa Segunda-feira. Em fins de 1966, mais exatamente no mês de novembro, aconteceu um incidente na Jordânia que teria terríveis conseqüências no futuro próximo. Uma localidade chamada Samu, próximo a Hebron na Cisjordânia foi atacada por uma tropa da FDI. Dúzias de soldados jordanianos foram mortos e 51 casas destruídas. Um porta-voz da FDI declarou que o ataque foi uma resposta a sabotadores que partindo de área de Hebron, haviam plantado minas no lado da fronteira de Israel. Como a Legião Árabe envidava todos os esforços no combate aos ativistas palestinos, e como Israel não havia alardeado antes qualquer protesto em relação a problemas com minas, a explicação pareceu insatisfatória, e a violência do ataque, desmedida 1 . Dentro da Jordânia, os efeitos do raid contra Samu foram politicamente desestabilizadores. Antes de tudo, expôs a ineficácia do rei Hussein em conter as invasões israelenses e logo, grandes demonstrações de protesto foram organizadas contra o regime. A parcela palestina da população estava indignada. Hussein sentiu-se pessoalmente traído pelos israelenses pois o raid desrespeitava um acordo tácito entre os dois países que tentava manter a segurança e a estabilidade na área do Jordão. Além do mais, a data escolhida para o golpe da FDI não poderia ser pior: 13 de novembro era a data do aniversário do rei. Hussein convenceu-se que a intenção do governo israelense era de humilha-lo. Em Israel, o próprio general Rabin, chefe do estado-maior ficara chocado com a intensidade da ação em Samu. Rabin vivia dizendo que enquanto na Síria o problema era com o regime, na Jordânia o problema era com os civis que auxiliavam os palestinos inimigos de Israel. O gabinete israelense aprovara a ação como uma advertência para que jordanianos não cooperassem com os grupos ativistas palestinos. Mas houvera uma recomendação firme para que a tropa da FDI não causassem baixas na Legião Árabe. Bem, tudo isso era uma grande complicação. Diante