Capitulo 4 curso gestores do sus
CASO ANA – Como Programa Saúde da Família poderia incorporar ações de prevenção e promoção da saúde relacionada à saúde da mulher:
Inicialmente a ideia da implantação deste programa seria de favorecer a atenção à saúde em sua integralidade: equipe básica com forte vínculo com o território, onde o papel central não é focado no médico e sim na equipe multidisciplinar. O vínculo desta equipe com o usuário é fundamental. A equipe deve ter autonomia para encaminhamentos para especialidades, seja para exames bem como para as especialidades médicas com fluxo ágil. Este primeiro contato, com hipótese diagnóstica deve ser considerado. Não devem ser criados “atalhos”.
Horário de funcionamento destas unidades deve ser flexível, assim como as AMAS 24 hs, as unidades básicas deveriam também poder acolher com horários mais flexíveis para acolhimento.
Foco principal na prevenção com equipes multidisciplinares mais amplas, contando também com assistentes sociais e profissionais de Saúde Mental.
O caso de Ana exemplificou como a questão da regionalização “engessa” e não otimiza os encaminhamentos: deve haver central de vagas única que busca a vaga em diferentes localidades pois as regiões podem ter diferentes realidades.
Observamos que o município de São Paulo mesmo sendo referência, recebe pessoas de diferentes localidades pela escassez de recursos em seus municípios de origem gerando um aumento da demanda. Estes casos que aqui chegam já estão com diagnóstico fechado depois de um longo percurso.
Conhecimento do território, equipamento com equipe com foco no trabalho preventivo, com fluxo ágil e autonomia são fatores essenciais. No caso de Ana, observamos que os profissionais a conheciam, se sentiram impotentes observando a gravidade do caso sem poder ter autonomia. Em todo o processo faltou apoio psicológico à usuária que diante de tanta dificuldade continuou persistindo mesmo que se afastando das pessoas mais próximas.
Como gestor um dos papéis de