Capitulo 3
Cidiney J. Silva
A sociedade é composta de diferentes indivíduos que desempenhamdiversos papéis juntamente a outros indivíduos que dão suporte aos papéisdesempenhados. Quando essa estrutura se agiganta temos a presença dasinstituições compondo a sociedade.Quando se considera que indivíduos desempenham papéis e que há outrosindivíduos dando suporte aos papéis desempenhados, há que se pensar arespeito de como esses indivíduos se relacionam entre si. Em umasociedade dita civilizada/desenvolvida, essas relações seguem algum tipode protocolo. Os protocolos são gerados de acordo com alguma necessidadesocial. Da mesma forma que a sociedade se agiganta, e os papéisdesempenhados dentro dela, os protocolos assumem formas de processosformais entre as instituições, donde o aparecimento das estruturas judiciaise estatais nas sociedades complexas. Um exemplo disso é a necessidadedos estados de possuir um código penal, dada a necessidade social desegurança ou de punição.Ao se perceberem esses níveis de granularidade da sociedade(indivíduo/instituições; protocolos/estruturas judiciais) , os estudossubseqüentes podem tomar um foco ou outro. Esses estudos estão nadamais que analisando as formas de divisão social do(s) trabalho(s) dasociedade.Dentre os estudos realizados, destacam-se as análises de Marx, Weber eDurkheim. Cada um deles procurou analisar os papéis e relacionamentosentre papéis da sociedade conforme uma ótica particular.Segundo Marx, a divisão social do trabalho segue todo um arranjo de talforma que sempre hajam classes dominantes e classes dominadas, e quenecessariamente essas classes estão em conflito entre si. Marx entende queas instituições das sociedades são criadas e estabelecidas pelas classesdominantes, que se legitimam dessa forma. O indivíduo é transparente nasociedade, importando somente a que classe esse indivíduo pertence ecomo essa classe se comporta na sociedade – pelo menos, foi isso que aRevolução