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Publicado em 8 de Outubro de 2013 por pernambuco.com Desigualdade social do Brasil pode ser abordada do Enem. Foto: Teresa Maia/DP/D.A.Press
Com a sétima economia do mundo e figurando no bloco das nações emergentes, o Brasil é um país rico que não diminuiu a desigualdade social. O Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) 2013 mostra as contradições do país que chama a atenção do mundo pelo rápido crescimento econômico. A previsão é de que o Brasil, a China e a Índia respondam por 40% da riqueza global em 2050.
O professor de geografia do Colégio Motivo, Anderson Leineker, lembrou que a desigualdade social é consequência da má distribuição da riqueza de um país. “Isso causa contraste econômico e social na população, pois apenas uma pequena parcela detém a boa parte dos recursos econômicos, enquanto que a maioria fica com uma parcela menor dos bens”, explicou. Segundo ele, os dados do Censo 2010, realizado pelo IBGE, revela a desigualdade que ainda existe no país.
De acordo com o levantamento, quase 10% da população brasileira não sabe ler e comunidades carentes ainda convivem com a falta de esgotamento sanitário. “O candidato ao Enem precisa ter uma visão crítica e entender que o crescimento econômico nem sempre está ligado ao desenvolvimento social”, indicou.
Dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostram que só em 2032 o Brasil poderia alcançar o padrão de vida hoje desfrutado pelos ingleses, a sexta economia do mundo. “Para isso acontecer, o país precisará investir mais em saúde, educação, transporte público”, enfatizou Leineker.
Desigualdade social aumentou apenas na Região Norte
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) mostrou que a Região Norte vai na contramão do restante do País. Ela foi a única região em que a desigualdade piorou - o índice de Gini subiu de 0,488, em 2009, para 0,496, em 2011