Capitalismo
O marxismo parte da economia mundial, considerada não como simples soma de suas unidades nacionais, mas como uma poderosa realidade independente, criada pela divisão internacional do trabalho e pelo mercado mundial, que, em nossa época, domina do alto os mercados nacionais. As forças produtivas da sociedade capitalista já ultrapassaram há muito tempo as fronteiras nacionais. A guerra imperialista não foi senão uma das manifestações desse fato (TRSTSKY, p. 135-136).
Na realidade, as particularidades nacionais formam a originalidade das trações fundamentais da evolução mundial. Essa originalidade pode determinar a estratégia revolucionária por longos anos. Bastaria recordar que o proletariado de um país atrasado conquistou o poder muito antes que o proletariado dos países avançados (TROTSKY, p. 137).
Não se pode reorganizar nem mesmo compreender o capitalismo nacional sem encará-lo como parte da economia mundial (TROTSKY, p. 137).
As particularidades econômicas dos diferentes países não tem uma importância secundária. Basta comparar a Inglaterra e a Índia, os Estados Unidos e o Brasil. Os trações específicos da economia nacional, por mais importantes que sejam, constituem, em escala crescente, os elementos de uma unidade mais alta que se chama economia mundial e que serve, afinal de contas, de base ao internacionalismo dos partidos comunistas (TROTSKY, p. 137-138). O desenvolvimento mais ou menos rápido das forças produtivas; a expansão, ou, ao contrário, a retração que caracterizam certas épocas históricas, como, por exemplo, a Idade Média, o regime das corporações, o absolutismo esclarecido, o parlamentarismo; a desigual no desenvolvimento dos diferentes domínios da economia, das diferentes classes, das diferentes instituições sociais, dos diversos elementos da cultura – tudo isso constitui os fundamentos das ‘particularidades’ nacionais. A originalidade do tipo nacional e social