capa
O aleitamento materno é uma prática que existe há milhares de anos e, como é do conhecimento de toda a população, traz benefícios diversos, como por exemplo, nutricionais, imunológicos, cognitivos, sociais e econômicos. Esses benefícios são mais bem aproveitados quando a criança é amamentada até os dois anos de idade, sendo até os 6 meses indicado aleitamento exclusivo e a partir do sexto mês, deve-se introduzir alimentos complementares (CHAVES et al., 2007).
O leite materno é a primeira alimentação que o bebê deve receber ao nascer, sendo rico em nutrientes essenciais. A composição do leite materno varia de mãe para mãe, podendo variar de acordo com a etnia, individualidade genética, hábitos alimentares da lactante, entre mulheres e o período de amamentação. Observa-se também uma variação na composição nutricional do leite no decorrer da lactação, durante o dia e até mesmo durante uma mesma mamada, encontrando-se diferença entre macro e micronutrientes entre o primeiro e último leite a sair na mesma mamada (MORGANO et al., 2005). Considerando esta última variação, é de extrema importância que o bebê esvazie totalmente uma mama antes de amamentar na outra, pois assim a criança estará recebendo o leite do final da mamada, que é rico em gordura (SANTOS et al., 2005).
A alimentação da criança
Todos os bebês recebem alguma proteção antes de nascer. Durante a gravidez mãe passa anticorpos para o feto através da placenta. Estas proteínas circulam no sangue do bebê por semanas a meses após o nascimento, neutralizando os microrganismos ou marcando-os para serem destruídos por fagócitos-células imunes que consomem e destroem bactérias, vírus e fragmentos celulares. Mas crianças amamentadas ganham proteção extra de anticorpos e outras proteínas e células imunológicas do leite humano.
Após ingerir um micróbio, a mãe fabrica moléculas de anticorpos chamadas IgA secretora as quais entram no leite materno e ajudam a proteger a criança