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NOME: NAILA DAIANA DA COSTA - Nº 38
Entenda a formação dos eclipses do Sol e da Lua
Tarso Paulo Rodrigues*
Especial para a Folha de S. Paulo
No dia 16 de maio de 2003, ocorreu um eclipse lunar, visível em todo o Brasil. O fenômeno do eclipse (do grego ékleipsis, "desaparecimento") lunar ou solar sempre desperta a nossa curiosidade. Seu primeiro registro data de 2137 a.C. e está no livro chinês "Shu-Ching". Nessa época, acreditava-se que, durante o eclipse, um dragão engolia o Sol. Existem relatos de que Colombo, certa vez, desprovido de mantimentos, ameaçou os nativos da América dizendo que lhes tiraria a Lua.
Evidências mostram que o navegador conhecia a previsão de um eclipse, que ocorreria em alguns dias, e, assim, conseguiu os alimentos de que necessitava. A observação do eclipse solar de 29 de maio de 1919, em Sobral, no Ceará, permitiu a um grupo de cientistas confirmar, pela primeira vez, que a luz estelar sofre um desvio rumo ao globo solar, que foi previsto por Einstein. No dia do eclipse, várias estrelas que se encontravam atrás do Sol puderam ser observadas devido à ação do campo gravitacional solar, que funciona como uma "lente" capaz de encurvar a luz.
O fenômeno do eclipse confirma que, quando um objeto opaco se interpõe na trajetória de um feixe de raios luminosos, cria-se uma região de sombra ou obscuridade total e uma zona de penumbra, onde a intensidade da luz se atenua e a ocultação é apenas parcial.
A Lua gira em torno da Terra completando uma volta em aproximadamente 29 dias. Em seu movimento, quando volta o hemisfério não iluminado para o nosso planeta, a Lua está na fase denominada nova. Quando volta para a Terra o seu hemisfério totalmente iluminado, o satélite fica na fase conhecida como cheia. Ocorre que o plano da órbita da Terra em torno do Sol (a eclíptica) e o plano da Lua em torno da Terra são quase coincidentes - o ângulo entre esses planos é de cerca de cinco graus.
Por isso, de tempos