CAP TULO II O ETHOS MODERNO E A SUA PERSPECTIVA REVOLUCION RIA
A modernidade trouxe uma mudança radical no paradigma ate então vigente e o cogito cartesiano pode ser tomado como elemento central do paradigma moderno.
Vemos o homem como aquilo que ele faz, sou seja, deve haver uma correspondência cada vez mais eficaz pela ciência, a tecnologia ou a administração, animada pelo interesse, mas também pela vontade de se libertar de todas as opressões.
A razão é, na Modernidade, o símbolo máximo que ordena esta correspondência entre os três elementos: cultura cientifica, sociedade organizada e indivíduos livres. Somente ela é capaz de estabelecer uma correlação entre a ação humana e a ordem do mundo; é a razão que anima a ciência e suas aplicações; é ela quem ordena a adaptação da vida social às necessidades individuais ou coletivas; ela substitui as formas de arbitrariedade e violências pelo Estado de direito e pelo mercado.
Desta maneira é que se vislumbra a idéia de humanidade sob o julgo das leis da razão. é importante destacar que não é possível vislumbrar os dilemas do mundo atual sem se compreender daquilo que se chama Civilização Ocidental, mundo da razão.
O que se busca hoje é salientar o ethos moderno enquanto constitutivo de um modo de pensar e ser do homem, sociedade e cultura são elemento precípuo para a contextualização e compreensão das diversas atividades humanas inserida numa sociedade dita "pós-moderna".
Dentro dessa perspectiva serão tomadas algumas nuances dos pensamentos de Nicolau Maquiavel, Friedrich Nietzsche e do socialismo - comunismo (Karl Marx), tendo como base uma reinterpretação da máxima Kantiana de que cada ato devesse valer como um principio universal. Tudo isso, tendo como plano de fundo ideologias massificadoras que se pretendem ao seu modo globalizantes. Para início serão observados alguns pontos específicos do pensamento político de Nicolau Maquiavel
3.1.1 DISSOCIAÇÃO ENTRE POLÍTICA E ÉTICA NO FAZER HUMANO E A SUBMISSÃO DO ÉTICO