Cap Tulo II Teoria Geral Dos Sistemas
O significado da teoria geral dos sistemas
A procura de uma teoria geral dos sistemas
A ciência moderna é caracterizada por sua crescente especia lização, determinada pela enorme soma de dados, pela com plexi dade das técnicas e das estruturas teóricas de cada campo. A s sim, a ciência está dividida em inumeráveis disciplinas que ge ram continuamente novas subdisciplinas. Em consequência, o fí sico, o biologista, o psicólogo e o cientista social estão, por assim dizer, encapsulados em seus universos privados, sendo difícil con seguir que uma palavra passe de um casulo para outro.
A este fato porém opõe-se outro notável aspecto. Examinan do a evolução da ciência moderna encontramos um surpreen dente fenômeno. Independentemente uns dos outros, problemas e concepções semelhantes surgiram em campos amplamente d i ferentes. O
objetivo da física clássica era resolver finalmente os fen ô
menos naturais em um jo g o de unidades elementares governadas pelas leis “ cegas” da natureza. Isto foi expresso no ideal do espíri to laplaciano que, partindo da posição e do m om en to das p ar tículas, pode predizer o estado do universo em qualquer ponto do tempo. Esta concepção mecanicista não foi alterada, mas ao contrário reforçada quando as leis determ inistas na física f o ram substituídas por leis estatísticas. De acordo com a derivação estabelecida por Boltzmann do segundo princípio da termodinâ mica, os acontecimentos físicos dirigem-se para os estados de má xima probabilidade e por conseguinte as leis físicas são essencial
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mente “leis da desordem” , resultado de acontecimentos desorde nados, estatísticos. Em contraste com esta concepção mecanicisla, no entanto, apareceram em vários ramos da física moderna problemas de totalidade, interação dinâmica e organização. Na relação de Heisenberg e na física quântica tornou-se impossível i csolver os fenômenos em acontecimentos locais. Aparecem pro blemas de ordem e organização, quer se trate da estrutura