Cap. 6 do Sistema Econômico Capitalista
O sistema econômico comercial foi superado pela implantação de uma nova forma de produção – a fabril. Esse tipo de produção permite o crescimento do volume através do aumento da produtividade, via introdução continua de inovações técnicas, ao mesmo que se assegura a reprodução do capital, dentro da própria fase produtiva. Ela marca a assunção do sistema econômico capitalista.
Existem duas pré-condições necessárias para configurar o sistema capitalista, como a concentração dos meios de produção nas mãos de uma única classe social – a burguesia, e a força de trabalho do proletariado.
O capitalismo extrai excedente dentro do próprio processo de produção, de um produtor livre, através da diferença de valor, que esse produtor recebe pela venda da mercadoria força de trabalho, em relação ás mercadorias que essa força de trabalho produz, denominada mais valia.
Em um sistema como esse, o volume da produção pode ser aumentado. Não horizontalmente, pela incorporação de mais trabalhadores e maior área produtiva, mas verticalmente, pela introdução de inovações técnicas que permitem que a produtividade se eleve, utilizando-se o mesmo número de produtores com igual dimensão física de área usada para a produção.
O capitalismo não realiza o pleno emprego. Ao contrário, ele leva à formação do que se denomina exercito de reserva de mão de obra, que é constituído por trabalhadores mantidos desempregados, ou mesmo por produtores que ainda não completamente destituídos dos meios de produção, localizados principalmente nas áreas rurais. Sua constituição obedece a um duplo propósito: permitir a rotatividade da mão de obra, barateando os salários e dificultando a formação do proletariado em um bloco coeso, e também garantir uma reserva estratégica para a futura expansão do sistema, ou para seu reforço em épocas de retração da demanda.
A primeira Revolução Industrial ou com mais propriedade Revolução Industrial Inglesa, foi um acontecimento