Cap 5 - Casa Grande e Sensala
Cap. IV – “O Escravo Negro na Vida Sexual e de Família do Brasileiro”.
O autor coloca de forma clara a qualidade do negro africano e sua importância para o desenvolvimento do Brasil enquanto agrário e colônia de Portugal, em comparação ao índio brasileiro. Dessa forma, caracteriza o índio como “introvertido” e com uma extrema falta de expressividade e o negro como “eloqüente”, domável e “extrovertido” entre outras qualidades que fizeram desse povo uma força para o desenvolvimento econômico e cultural do nosso país.
O autor põe uma linha divisória entre o negro e o índio, pois as duas raças têm comportamentos diferentes e explica que apesar de os índios serem nativos de um país tropical e quente, como o nosso, não tinham a mesma predisposição para o trabalho forçado em “dias de sol”, como os africanos, pelo contrário, os índios “sentiam-se melhor em dias de chuva” já os africanos se comportavam muito bem neste clima para o trabalho.
As habilidades dos negros em trabalhar a terra e de fundir o ferro foram predicados que os fizeram tão importantes para os brancos naquele contexto social. Gilberto Freyre coloca muito bem a gêneses do africano, onde naquela região se desenvolveu a mais bem sucedida cultura que já existiu na antiguidade, representada pelos egípcios, e vai mais além, compara-a com a dos próprios portugueses e acredita que seria até superior tanto quanto a dos índios brasileiros. De um todo, esta afirmação não está errada, pois segundo Schmidt (2002) “os egípcios eram povos africanos de pele escura, têm uma aparência nitidamente africana: lábios grossos e cabelos crespos, que eram trançados...”.
Segundo o autor, “todo brasileiro” tem um pouco de sangue negro e defende a genuinidade dos africanos em prol da construção do Brasil, pois os navios negreiros trouxeram não só a negritude e a força daquele povo, mas também sua cultura, sua religião, seus hábitos, sua culinária, sua perspicácia, sua audácia, sua sexualidade, sua