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Capítulo XVMemorial do Convento
Resumo
Um Frade consultor do Santo ofício censura o sermão de Bartolomeu
Lourenço de Gusmão.
Scarlatti trouxe para S. Sebastião da Pedreira o seu cravo.
O cravo foi deixado pelos galegos do lado de fora do portão para não verem a passarola.
Scarlatti afirmou que se a passarola voar ele quer andar nela e tocar no céu. Scarlatti voltava à quinta do duque de Aveiro, mas nem sempre tocava e quando tocava não interrompia os trabalhos apesar do barulho.
Lisboa está atormentada por uma doença. Dizem que foi trazida por uma nau vinda do Brasil. Baltasar fica preocupado pela família que vive em
Mafra, mas o padre Bartolomeu descansa-o dizendo que não havia notícias de ter morrido lá “gente”.
Blimunda irá recolher vontades, apesar de correr o risco de ficar com a doença. Durante a recolha das vontades Blimunda e Baltasar não se veem, para que esta não o consiga ver.
Passado um mês calcularam recolher mil vontades.
Resumo
Quando a epidemia acabou estavam contadas duas mil vontades.
Blimunda adoece, não tendo dores nem febre, tendo apenas uma magreza extrema e uma palidez profunda. Baltasar não saía de junto dela.
Bartolomeu estava arrependido de ter mandado Blimunda recolher vontades. Um dia Scarlatti visitou Blimunda, retirou o pano que cobria o cravo, sentou-se e começou a tocar.
Blimunda ao ouvir a música começou a melhorar.
Scarlatti ficou a tocar horas e horas, até de madrugada, já Blimunda estava de olhos abertos, e devagar corriam-lhe as lágrimas.
Durante uma semana, Scarlatti tocou todos os dias até Blimunda ter forças para se levantar.
Depois de Blimunda estar melhor, esta e Baltasar deram por falta do padre Bartolomeu.
Resumo
O padre Bartolomeu não estava em casa. Só lá apareceu ao
meio-dia e doente.
O padre confessou que tinha medo que Baltasar o matasse, porque este se sentiu culpado por Blimunda estar doente.
A máquina de voar está acabada, e as vontades estão recolhidas.
Concluída a