Canudos

Trabalho de História:
A Guerra de Canudos.

O governo de Prudente de Moraes, primeiro presidente civil e também o primeiro a ser eleito pelo voto direto no Brasil, foi marcado por intensas crises. A crise econômica era ainda reflexo da “Crise do Encilhamento” no Governo Provisório de Deodoro da Fonseca. O Ministro da Fazenda da época, Rui Barbosa, decidiu que emitir dinheiro sem lastro, facilitar o crédito e a abertura de empresas seriam medidas que ajudariam o Brasil economicamente. As medidas, ao contrário, geraram um conjunto de fraudes, calotes e especulações que pioraram ainda mais a situação econômica do Brasil. No governo de Prudente de Moraes também ocorreram crises sociais e a principal foi a Guerra de Canudos, no interior da Bahia. As características geográficas e as condições sociais no Nordeste produziram uma série de fatores geradores de uma região em permanente conflito e revolta social; as grandes extensões de terras que lá existiam, pertenciam a uma pequena parcela da população, os latifundiários. Estes mantinham um grande número de sertanejos em péssimas condições, sem qualquer direito. Os sertanejos eram submetidos a tais condições por, entre outros motivos, não possuírem terras nem condições financeiras mínimas. Assim, não tinham opção a não ser se submeterem às imposições dos latifundiários. Toda a miséria era agravada pelas secas da região, que acabavam com a plantação de alimentos, matavam o gado e esvaziavam os reservatórios de água. Desse modo, todos os anos sertanejos morriam de fome e sede.
Como em toda a situação de extrema pobreza, cresceu o fanatismo religioso. A religião era uma forma de escapismo os miseráveis, uma maneira de esperança desassociada da realidade em que viviam. Movimentos populares de caráter religiosos eram, como continuam sendo ainda hoje, uma das principais formas de se tentar escapar da miséria e da fome. De esperar que o Divino resolva os problemas humanos na Terra. Entre lideranças