Canudos
Deste modo, o que encontramos na produção da época são as atribuições de conceitos externamente compostos e arbitrariamente impostos do tipo: "fanáticos", "monarquistas", "sebastianistas", "mono-maníacos", além obviamente de "bandidos", bárbaros" e facínoras", como se pode extrair dos textos sobre Canudos de Euclides da Cunha, Nina Rodrigues, Barão de Geremoabo e dos próprios relatórios do Comitê Patriótico da Bahia e do Frei João Evangelista do Monte Marciano.
Bem verdade que neste atirar contra Bello Monte, pois era assim que seus moradores a identificavam, houve poucas e raras exceções que transitavam entre o apelo ao bom-senso e solidariedade, da indignação com os descaminhos da novel república à crítica conservadora, da caridade expressa às vítimas dos dois lados ao dever do jurista e senador, abafada pela covardia de Rui Barbosa em belo discurso em que defendia os sobreviventes de Bello Monte e exigia o "habeas corpus" para ser lido em plenário e não foi lido. Dentre estes textos de exceção, destacam-se as crônicas de Machado de Assis, as cartas dos estudantes de Direito e Medicina da Bahia, além da explicita e corajosa denúncia do genocídio feita pelo acadêmico de Medicina e voluntário com serviços no teatro da guerra, Martins Horcades, publicada nos jornais da época.
Assim, o Bello Monte permaneceu como um