Cantigas Do Mar De Vigo

Cantigas do Mar de Vigo (I – VII)

Aluno: Lucas Drumond Moraes, 9042042.
Professora: Márcia Arruda.

Universidade de São Paulo

Aluno: Lucas Drumond Moraes, nº USP: 9042042
Turma: 2015112, Primeiro Horário (08:00)
Profª: Márcia Arruda

Linhas de Leitura, Exercício 1:

É necessária uma explicação, e para isso resolvi ordená-la de maneira linear, da mesma forma como as cantigas estão ordenadas: Na primeira cantiga e na segunda, vemos a moça cantando às águas, esperando seu amado, clamando pelo seu retorno, pedindo ajuda ao mar. Temos aqui uma estrutura bem simples, onde os pares de estrofes mantêm forma semelhante com pequenas variantes semânticas. O ritmo, previsível até o terceiro par, é alterado pelo termo “sospiro”, que traz um padrão imperfeito de rima para a cantiga.

Já na terceira cantiga, semanticamente, vemos uma moça que lamenta o amor ausente se declarando solitária, apesar de não pedir ajuda. No nível estrutural, notamos uma simetria (ou cruzamento) que gera imagens em espelho: esta construção sugere os efeitos paradoxais do amor e da espera.

O autor utiliza a expressão senlheira (sozinha) em Vigo (ambiente na qual a personagem se encontra) como as pedras do jogo das inversões: na estrofe 1 linha 2 (senlheira en Vigo), na estrofe 2 linha 2 (en Vigo senlheira), na estrofe 3 linha 1 (senlheira en Vigo) e na estrofe 4 linha 1 (en Vigo senlheira). O sintagma “e nulhas guardas (e nada ficou) é usado como molde estrutural, reforçando a ideia de isolamento e solidão. Há uma previsibilidade como peça chave, uma vez que o que rege a produção dos versos é a repetição. A partir da quarta cantiga, temos um modelo bem mais complexo de cruzamentos paralelísticos.

Quanto a sonoridade, como já dito anteriormente, é importante notar a variação presente nas estrofes: quatro nas ímpares e seis nas pares, estas acompanhando, respectivamente, o tema de “ondas” ( que explicarei mais tarde como uma representação dos