Cancer de colo de útero
Existe, principalmente, uma combinação de dois fatores que acaba sendo crucial na facilitação da infecção no diabetes: a doença dos vasos sanguíneos, em especial daqueles de pequeno calibre que compõem a chamada microcirculação, e o defeito no funcionamento das células de defesa, os neutrófilos e os macrófagos.Com o tempo a microcirculação acaba sendo comprometida em razão da hiperglicemia e do estresse oxidativo (incapacidade do organismo de remover as moléculas tóxicas que são produzidas no ciclo de vida das células), que promovem a lesão do endotélio (tecido que reveste internamente os vasos sanguíneos) com consequente estreitamento dessas pequenas vias arteriais.
Além disso, a hiperglicemia também promove a liberação de uma substância chamada endotelina, que causa um estreitamento ainda maior desses vasos. O resultado é uma circulação sanguínea deficitária nos tecidos mais periféricos, privando-os do aporte de oxigênio necessário para o metabolismo aeróbio (processo de “respiração” das células com utilização de oxigênio). O baixo teor de oxigênio nos tecidos favorece o crescimento de bactérias anaeróbias que, aproveitando-se do mau funcionamento dos neutrófilos e macrófagos, multiplicam-se rapidamente e favorecem o crescimento também de bactérias aeróbias, resultando em infecções polimicrobianas. Esse é o caso do conhecido “pé diabético”, onde o paciente, já portador de neuropatia periférica e perda da sensibilidade, sofre microtraumatismos imperceptíveis que resultam em graves infecções de tecidos moles, muitas vezes necessitando de amputações. Ainda em relação ao pé diabético, é importante ressaltar que qualquer traumatismo ou ferimento deve ser observado com atenção, pois o tratamento precoce com antimicrobianos pode prevenir a progressão para a pior complicação, que é a necrose das extremidades.Outras infecções comuns no paciente diabético são as bacterianas, principalmente urinárias e