Canal de suez
No começo do século XIX, todos tinham o projeto em mente – ligar o Mar Vermelho ao Mediterrâneo.
Ao ocupar o Egito em 1798, Napoleão Bonaparte foi o primeiro a estudar a escavação de um canal. Como trabalhavam em condições difíceis, com material reduzido, seus engenheiros chegaram a uma conclusão equivocada: o Mar Vermelho, calcularam, é de 10 m mais alto que o Mediterrâneo; só um canal com represa o impediria de inundar o Egito. Mas o conquistador não teria tempo de levar a cabo o empreendimento.
Depois que Said paxá chegou ao poder, em 1854, Ferdinand de Lesseps embarcou para o Egito, onde 20 anos antes, tinha sido cônsul da França. O novo vice-rei considerava-o um amigo. Lesseps defendia a construção de um canal direto, sem represamento, porque naquele momento, já fora constatado que os dois mares (como todos os mares) estavam no mesmo nível.
Veja o exemplo acima, um navio saindo de Londres para ir a Mumbai (Índia). Pelo Canal de Suez a distância é de 11.600 km. A rota alternativa é de 19.800 km.
Caso contrário, tem-se que dar a volta pelo sul do continente africano, dobrar o Cabo da Boa Esperança, e tornar a subir para chegar aos países asiáticos (através do Oceano Índico).
A construção demorou o dobro do tempo previsto e custou três vezes mais que o planejado. Durante os trabalhos da construção do Canal de Suez, ocorreu uma epidemia de cólera, ocasião em que morreram grande número de operários, então Lesseps teve que enfrentar uma séria crise que afinal acabou sendo contornada.
Antes da sua construção, as mercadorias tinham que ser transportadas por terra entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Vermelho.
a planta de construção o projeto Negrelli tinha motivos para se irritar, afinal os planos de construção do Canal de Suez não foram desenhados por Lesseps, mas pelo avô do denunciante, o italiano Alois Negrelli, cavaleiro de Moldelbe, a quem os egípcios não dedicaram nenhum monumento.
Ligação já existiu no tempo dos faraós