Campones senhores e mercadores
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Camponeses, Senhores e Mercadores
A Europa e a Economia Mundial
(1500-1800)
Tradução de
M a r i a Assunção P into Correia
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t eorema
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Kriedte
não c onstitua u ma f alha e que a quilo q ue, 'à p rimeira vista, parece r elativamente abstracto venha, ao l ongo d a l eitura, a ganhar vida.
N ão posso d eixar d e agradecer aqui ao me^u amigo Pcicr Merkel a l eitura crítica de p arte d o m anuscrito.
Gòttingen, N ovembro de 1979
PETER
KRIEDTE
INTRODUÇÃO
C om a v iragem d o século X V para o século X V I teve início, na história da e conomia europeia, uma n ova é poca. A crise dos f ins d a
I dade Média a proximava-se d o seu t ermo: a revolução dos preços do século X V I a nunciav^-se. A descoberta d a América e a do c aminho marítimo para a índia c riaram as condições p ara u ma expansão da
E uropa em direcção aos territórios de além-mar e para o s urgimento d e u m sistema capitalista m undial, para o q ual foram igualmente d eterminantes relações de intercâmbio d esiguais, impostas pela força, d e forma declarada o u e ncoberta. Apesar d e t oda esta evolução, que a pontava já para o f uturo, o m odo de produção f eudal continuava a domina7no~cõnjunto das torças p rodutivas e das condições de p rodução. E mbõralTcapiíal mercãnHníã^retirasse a sua dinâmica apenas d esta área, eiyimTntevé^e, c ontudo, dentro d c u m enquadramento marcãdo~pelo feudãlísmõTO~capital m ercantil penetrava nos «poros» d a s bcie^a^ej^idjl^sem, todavia, a c onseguir p ôr em causa. Quando se f ala de um m odo de produção feudal poTvolta d e 150(T, tem-se e m m e n t e o p redomínio de u m t ipo d e produção c amponesa cuja organização assentava n a família, a ssim como a apropriação, por p arte da classe f eudal, d e grande parte d o p roduto agrícola o btido p elos camponeses.
( 1) A família c amponesa constituía a u nidade-base da