Campo de Concentração para civis no Brasil
Nilva Pereira dos Santos2
Resumo:
O objetivo deste artigo é fazer um estudo da presença de imigrantes no Brasil durante o período da Segunda Guerra Mundial e principalmente demonstrar a situação desses estrangeiros, considerados prisioneiros de guerra, que viviam em campos de concentração espalhados por vários Estados brasileiros. Estudos revelam a existência de campos de concentração, colônias penais e presídios em sete Estados, como o Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A Bahia, apesar de ser pouco mencionada em algumas referências sobre a situação dos alemães e demais imigrantes, também houve campos e prisões na cidade de Salvador e Maracás, nos quais os alemães e italianos ficavam presos. Os prisioneiros eram mantidos em presídios em Salvador e depois eram transferidos para o município de Maracás.
Palavras-chave: Imigrantes. Prisioneiros. Campos de Concentração.
Apresenta-se neste trabalho uma breve discussão e reflexão a respeito das situações vividas pelos imigrantes alemães, italianos e japoneses em território brasileiro durante o período da Segunda Guerra Mundial, bem como adentrar nos fatos sociais, tentando mostrar e compreender, pelos menos em parte, alguns aspectos do cotidiano desses estrangeiros que foram enviados para os campos de concentração. Nos anos da Segunda Guerra Mundial, o que mais atormentava a vida dos imigrantes e seus descendentes era o medo das prisões e dos castigos nos campos de concentração e delegacias. O clima de aversão e de intolerância aos estrangeiros ligados aos países do Eixo, como japoneses, italianos e principalmente os alemães, se expandiram pelo Brasil, provocando medo, intrigas e insegurança. “Esses estrangeiros eram acusados de praticar espionagem e de serem responsáveis pelos afundamentos de navios mercantes brasileiros” (SILVA,