Campinas
Até a primeira metade do século XVIII, Campinas não passava de uma área de mata pouco explorada. Naquela época, surgiu um bairro rural na Vila de Jundiaí (hoje Jundiaí), chamado "Mato Grosso", próximo a uma trilha feita por bandeirantes do Planalto de Piratininga entre 1721 e 1730, que seguia em direção ao atual estado de Tocantins. A instalação de um ponto de parada de tropeiros (chamado "Campinas do Mato Grosso" por ter sido erguido num descampado de uma mata fechada) impulsionou o comércio e atraiu moradores para o local.[12]
Por volta do ano de 1772, os moradores daquela região reivindicavam a construção de uma capela, já que a igreja mais próxima do povoado situva-se em Jundiaí. A permissão foi concedida 1 ano mais tarde, demarcando-se, no dia 22 de setembro daquele ano, o local que seria destinado à construção da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, cujo nome foi recebido em homenagem a padroeira, escolhida por votação.[13] A dificuldade das obras daquele tempo fez com que fosse construída uma capela provisória, em 1774.[13] No dia 27 de maio desse ano foi assinado um ato que dava a Francisco Barreto Leme do Prado o título de "fundador, administrador e diretor" do núcleo urbano a ser fundado. Em outro ato feito no mesmo dia, foi definida a medida das ruas e quadras, assim como a posição das casas, sendo esse o primeiro "plano urbanístico" recebido por Campinas. Poucas semanas depois, em 14 de julho de 1774, frei Antônio de Pádua, primeiro vigário da Paróquia, rezou a missa que inaugurava a capela provisória coberta de palha e feita às pressas. A partir daí, instalou-se definitivamente a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas do Mato Grosso e fundou-se a povoação.[12][13]
Ainda nessa época, houve a chegada de vários fazendeiros oriundos de diversas cidades paulistas, como de Itú, Porto Feliz, Taubaté. Estes fazendeiros procuravam terras para cultivarem lavouras de cana e engenhos de açúcar, utilizando-se da