CAMINHOS PARA A EXPERIMENTA O Museu
52
VII. PROPOSTAS, PROJETOS, MODELOS: OS
CAMINHOS PARA A EXPERIMENTAÇÃO
MUSEOLÓGICA
Considerações Preliminares
Ao longo da última década, diversas vezes, fui convidada para colaborar com diferentes equipes, no que se refere à elaboração de propostas museológicas. Em algumas oportunidades, estas solicitações estavam contextualizadas em amplos processos de assessoria, que já vinha desenvolvendo junto às instituições solicitantes; em outros casos, os pedidos foram temáticos, pontuais e específicos. Entretanto, nas duas situações, estes estudos têm sido fundamentais, para melhor compreensão da natureza do exercício museológico, no que se refere à construção de fenômenos museais.
Cabe ressaltar, também, que estas oportunidades desafiadoras têm representado um contraponto, em relação ao trabalho sistemático que desenvolvo junto à Universidade de São Paulo, no que tange à musealização da arqueologia.
Em um primeiro momento elaborei propostas museológicas, apenas na sua instância conceitual. Em seguida, comecei a me preocupar com a estruturação de projetos, onde os métodos para implementação das propostas assumiram papel de destaque, como também os respectivos desdobramentos museográficos. Nas últimas experiências, estou tentando introduzir elementos vinculados a modelos pré-estabelecidos.
Este tipo de trabalho tem garantido, não só uma considerável ampliação de horizontes museológicos, como também têm servido de base e matéria - prima para a docência. Muitas vezes, não tem sido possível acompanhar a sua implantação na íntegra, pois os processos desta natureza são geralmente vulneráveis às mais distintas crises institucionais e profissionais. Entretanto, a intenção de reunir alguns projetos neste artigo está vinculada, por um lado, à perspectiva de
CADERNOS DE SOCIOMUSEOLOGIA Nº 10 – 1997
53
divulgar seus conceitos e propostas e, por outro, estimular os colegas para uma discussão sobre modelos museológicos. 7
Neste sentido,