cais das artes - paulo mendes da rocha
A forma estrutural espaçada, as linhas puras, o concreto aparente e o visual modernista deixam a construção indiscutivelmente contemporânea. Feito em parceria com o jovem escritório Metro Arquitetos Associados, o museu e teatro estão em um lugar privilegiado, de monumentos históricos e paisagem deslumbrante, tendo do lado oposto as montanhas de Vila Velha e o Convento da Penha. Equipado para receber eventos artísticos de grande porte, o conjunto arquitetônico faz um elogio a esse território, em uma cidade diariamente animada pela presença do porto, com o constante e enérgico trabalho das docas. “Por tudo isso houve a decisão de criar uma praça aberta para a cidade: um passeio público junto ao mar”, explica um dos sócios-diretores do Metro, o arquiteto Martin Corullon.
Duas grandes vigas de concreto armado protendido, paralelas e elevadas, conformam o edifício do museu. A três metros do chão, cada uma delas tem apenas três apoios e está distante 20 m uma da outra. Entre elas, salões com 20 m de largura e diversos comprimentos foram distribuídos nos três pavimentos principais. É nos salões que acontecerão as exposições, em um total de 3 mil m² de área. Todo o programa Corullon restante concentra-se em uma torre anexa com 22 x 22 m de planta, 23 m de altura e ligação com o edifício principal feita por meio de pequenas pontes. O arquiteto Martin Corullon chama a atenção para a integração visual da obra. “As medidas generosas configuram o prédio do museu com amplas aberturas para a praça, cujos salões se comunicam visualmente também entre si”. Já o teatro com revestimento de concreta conta com duas galerias laterais, com 10 m de largura, por toda a extensão do edifício de 69 m de comprimento. Nas galerias acontecem as circulações de público, de artistas, técnicos, camarins, salas de técnicos e equipamentos. Entre elas ficam plateia, balcões, palco e coxias
Local: ES, Brasil
Início do projeto: 2007
Conclusão da obra: 2013
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