Caatinga
A ação do homem só tem sentido se for compromissada com a realidade, uma vez que, diferente do animal, o ser humano é capaz de reflexão. O homem existe. Está inserido no mundo. Toma conhecimento deste mundo, sendo até capaz de modifica-lo. Esta ação modificadora, entretanto, torna-se impossível, se ele estiver imerso e acomodado a este mundo e for incapaz de distanciar-se dele para admira-lo e perceber o seu conjunto. Daí, a necessidade que tem o homem de contínua coexistência do “viver a realidade” com o “distanciar-se dela para refleti-la”, a fim de que possa, realmente, assumir seu compromisso. Isto é consciência crítica. E é, a partir desta visão crítica de realidade, que o homem se torna capaz de modificar o mundo em que vive. Ao contrário, a consciência ingênua leva a uma visão distorcida da realidade.
CARACTERÍSTICAS DA CONSCIÊNCIA INGÊNUA
– Revela uma certa simplicidade, tendente a um simplismo na interpretação dos problemas, isto é, encara um desafio de maneira simplista. – Não se aprofunda na causalidade do próprio fato. Suas conclusões são apressadas, superficiais. É impermeável à investigação. Satisfaz-se com as aparências. Toda concepção científica para ele é um jogo de palavras. – Há também uma tendência a considerar que o passado foi melhor. Por exemplo: os pais que se queixam da conduta de seus filhos, comparando-a ao que faziam quando jovens. – Tende a aceitar formas gregárias ou massificadoras de comportamento. Esta tendência pode levar a uma consciência fanática. – Subestima o homem simples. Suas explicações são mágicas. É frágil na discussão dos problemas. O ingênuo parte do princípio que sabe tudo. – Pretende ganhar a discussão com argumentos frágeis. É polêmico, não pretende esclarecer. Suas discussão é feita mais de emocionalidades de que de criticidades: não procura a verdade; trata de impô-la e procurar meios históricos para convencer com suas idéias. É curioso ver como