Báu das américas
Atravessaram o Atlântico?
Os ventos e as correntezas que trouxeram Colombo podem ter trazido também outros navegadores. Essa tese é confirmada por fontes arqueológicas através de pedras com inscrições
Nos artigos passados falei sobre o Estreito de Bering como tendo sido a porta de entrada do homem asiático nas Américas. No entanto, existe uma tradição que afirma que o homem americano pré-histórico veio do leste: do Atlântico. O Atlântico, na realidade, não era uma tão grande barreira: os ventos e as correntezas que trouxeram Colombo podem ter trazido outros navegadores. Essa tese é confirmada por fontes arqueológicas: tratam-se de pedras muito antigas contendo algumas inscrições que foram traduzidas neste começo de século pelo professor Barry Fell da Harvard University. Essas inscrições sobre pedras pertencem aproximadamente ao IV-V século a. C e são em língua europeia mediterrânea. Como chegaram até a América Central antes dos espanhóis? Todavia, o maior testemunho histórico é o “Popol Vuh” (livro dos conselhos), que pertence aos Mayas Guiché (os maias das florestas) que moram nos planaltos da Guatemala (já falei de suas pirâmides em forma de degraus, semelhante à pirâmide egípcia de Sakkara).
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Quando os espanhóis chegaram à América Central, seus sacerdotes católicos mandaram queimar todos os escritos que por acaso fossem encontrados, ainda mais aqueles que tratavam de mitologia e de religião
O Popol Vuh é um antiquíssimo livro religioso e provavelmente o texto mais importante da América pré-colombiana: a fonte da mitologia e da história dos maias. Quando os espanhóis chegaram à América Central, seus sacerdotes católicos mandaram queimar todos os escritos que por acaso fossem encontrados, ainda mais aqueles que tratavam de mitologia e de religião. Eram “obras do diabo”, como se dizia na época.
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Mas o Popol Vuh conseguiu escapar às fogueiras da Santa Inquisição e na metade do século XVI foi transcrito em língua