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Princípios Químicos
Princ pios Qu micos
Destilação: a arte de “extrair virtudes”
Alambiques, retortas e fornos estão sempre presentes em imagens para caracterizar alquimistas e químicos em seus laboratórios. Isso indica que tais instrumentos, utilizados no processo de destilação, têm papel destacado no imaginário relativo tanto à alquimia quanto à química. Essa idéia não deixa de ter fundamento, pois a destilação há muito tempo vem sendo utilizada tanto nas artes que envolvem o tratamento e a transformação de materiais quanto por estudiosos que buscavam afirmar ou elaborar idéias sobre a composição da matéria.
Hoje em dia, a destilação, processo baseado nas diferenças entre os pontos de ebulição das substâncias, é adequadamente explicada pela idéia de que a matéria é formada por partículas que se movimentam e interagem. O fracionamento do petróleo, a obtenção de álcoois e a extração de essências são apenas alguns exemplos de processos em que a destilação é empregada na indústria.
Além disso, a destilação é um dos principais métodos de purificação de substâncias utilizados em laboratório. Assim, a importância desse processo tão bem conhecido e claramente interpretado por meio de modelos sobre as partículas que constituem a matéria justifica sua inclusão em qualquer curso de química de nível médio.
Entretanto, nem sempre a destilação foi considerada uma operação tão trivial. Desde suas origens e durante um longo período, a destilação estaria ligada à preparação de poderosas “águas” e à obtenção da “pedra filosofal”, do maravilhoso “elixir” que promoveria a cura de todas as doenças dos metais e dos homens.
Seria também por meio da destilação que os iniciados extrairiam as “quintessências” de vegetais, minerais e partes de animais, obtendo-se dessa forma puríssimos e poderosos medicamentos.
Química Nova na Escola, nº 4, novembro de 1996, p. 24.
1. A partir do texto acima, são feitas