Burocracia é Alienação
Na análise da burocracia como alienação, deve-se contar com os estudos de Max Weber, que foi o maior estudioso da burocracia. Na caracterização que ele faz da burocracia,, ele enumera várias itens que são a base do sistema, e chega à conclusão que a burocracia é ao mesmo tempo poder, administração e o rganização. Ele percebe também que fonte da constante ampliação intensiva e qualitativa da burocracia, está na necessidade crescente das empresas, das funções de planejamento, organização e controle para a manutenção do poder. Foi com essa superioridade técnica, desenvolvida através da retenção de segredos, que a burocracia se fundamentou como sistema utilizado pelo capital, em relação a outros sistemas. Para o capitalismo, essa impessoalização e desumanização, eram essenciais ao seu desenvolvimento. Mas a teorização sobre a alienação no processo de trabalho, foi concebida por Karl Marx, embora esta não partisse da burocracia. Ele chega à conclusão que o operário fica mais pobre quando produz mais riqueza, numa relação inversa de valorização das coisas em detrimento do ser humano. Para o trabalhador o produto do seu trabalho lhe é estranho, ele não se identifica com aquilo. A relação do operário com sua atividade é de alienação, pois ele não se realiza naquilo, que não é fruto da sua vontade e sim da vontade de outros. Já na burocracia, este processo é semelhante. No nível de cargo do trabalho, há uma divisão técnica tida como indispensável ao funcionamento satisfatório da burocracia. Essa divisão técnica traz consigo outras separações: o homem e os instrumentos de produção, o homem e o produto do seu trabalho, o homem