Burguesia na psicologia
Mas, apesar de reconhecerem o poder das massas, os sociólogos burgueses e os psicólogos sociais ainda guardavam resquícios das tradições filosóficas. Reforçando essas tradições, a defesa do capitalismo apontava o movimento revolucionário das massas como algo irracional e destrutivo.
Dessa forma, os psicossociólogos burgueses não foram capazes de legitimar o importante papel das massas na história, dentro de uma concepção científica.
O psicossociólogo G. Tarde e o sociólogo Mikhailovski consideravam de fundamental importância a autoridade do herói e seu poder de sugestão sobre o inconsciente coletivo. Acreditavam que o povo necessita de um modelo a ser imitado, por não ser capaz de agir de forma consciente.
Vendo na Psicologia Social um instrumento ideológico, pronto para defender a exploração dos trabalhadores, reacionários como G. Tarde, Le Bon e Sighele elaboraram a Psicologia Social nessa direção, tratando os povos como anarquistas e bandidos, destruidores da ordem.
Para Le Bon, conhecer as particularidades psicológicas de um povo é o primeiro passo para dominá-lo.
A Psicologia Social como ciência independente nasce entre 1930-1940.
FUNDAMENTOS DO DESENVOLVIMENTO DA PSICOLOGIA SOCIAL BURGUESA.
• A PSICOLOGIA SOCIAL BURGUESA DO FINAL DO SÉC.XIX E INÍCIO DO SÉC. XX:
Podemos distinguir duas etapas no desenvolvimento da Psicologia Social burguesa: a primeira vai da segunda metade do séc. XIX até o primeiro quartel do séc. XX; a segunda vai desse período até os dias atuais.
No primeiro período, duas tendências são notadas: uma vê a psicologia do indivíduo como produto da sociedade; outra está centrada no indivíduo (