Buraco negro no centro de nossa galáxia
Astrônomos descobriram que no centro de nossa galáxia existe um supermassivo buraco negro. Mas a comprovação de sua existência gerou mais perguntas do que respostas. Nas histórias de detetive tudo é suspense e o mistério aprofunda-se mesmo quando as quantidades de pistas aumentam. Tem sido assim para os astrofísicos que investigam o centro da nossa galáxia. Eles esperavam que o Observatório de Raios-X Chandra, da NASA, comprovasse a existência de um buraco negro, fato esse que aconteceu. Mas as revelações do Chandra levantaram tantas questões que tornaram o mistério ainda maior. Imagem da região central da Via Láctea feita pelo observatório de raios-X da Chandra. Um buraco negro superdenso esconde-se dentro da região brilhante próxima ao centro da figura. Um buraco negro é um objeto ao mesmo tempo massivo e compacto, fazendo com que a sua própria luz não consiga vencer a sua poderosa gravidade (para entender o motivo disso temos que entender o que é a curvatura espaço-tempo, explicada pela Relatividade Geral). Por décadas os físicos sustentaram que as estrelas gigantes (com massas superiores a dez vezes a massa do Sol) terminariam suas existências como supernovas - explosões catastróficas que que pulverizam matéria por anos-luz de espaço interestelar, deixando apenas um denso vestígio da estrela original. Nos casos em que este vestígio supera em 3 vezes a massa do Sol, ele se transforma num buraco negro. Em 1974, o astrônomo britânico Sir Martin Rees postulou que os buracos negros supermassivos - aqueles que possuem um milhão ou até um bilhão de massas solares - poderia existir nos centros de algumas galáxias. As galáxias às quais ele se referia possuíam notáveis núcleos ativos que brilhavam com a força de 30 bilhões de sóis ou mais. Eles reluzem, com intensidade variada em todos os comprimentos de onda, desde rádio até raios gama, e lançam partículas no espaço a alta velocidade. Rees concluiu que os buracos negros que