bullying
Cléo Fante
O bullying é hoje, sem dúvida, um dos temas mais discutidos em todo o mundo, o que desperta crescente interesse nas diversas ciências e esferas sociais. Em meio às discussões, o que é natural, surge uma infinidade de opiniões, idéias, sugestões, estudos, publicações e etc., que tentam explicar o fenômeno e os motivos que leva um indivíduo ou grupo a agir de forma deliberada e, muitas vezes, tão cruel. No entanto, ante a urgência de encontrar respostas eficazes, interpretações e informações equivocadas, geradoras de controvérsias, acabam por dificultar o processo de entendimento e resolução do problema.
O bullying é uma forma de violência que ocorre na relação entre pares, sendo sua incidência maior entre os estudantes, no espaço escolar. É caracterizado pela intencionalidade e continuidade das ações agressivas contra a mesma vítima, sem motivos evidentes, resultando danos e sofrimentos e dentro de uma relação desigual de poder, o que possibilita a vitimação.
É uma forma de violência gratuita em que a vítima é exposta repetidamente a uma série de abusos, por meio de constrangimento, ameaça, intimidação, ridicularização, calúnia, difamação, discriminação, exclusão, dentre outras formas, com o intuito de humilhar, menosprezar, inferiorizar, dominar. Pode ocorrer em diversos espaços da escola ou fora dela, como também em ambientes virtuais, denominado bullying virtual ou cyberbullying, onde os recursos da tecnologia de informação e comunicação são utilizados no assédio.
Apesar da clareza da definição do termo bullying, ainda há divergências em sua aplicabilidade, talvez, em decorrência dos estudos serem recentes, na maioria dos países, e da carência de estudos mais aprofundados que avaliem seus impactos ao longo do tempo. Tais