Bullying
Este texto apresenta um estudo sobre as representações que os professores da escola básica têm sobre o bullying como esse fenômeno refere-se em relação às políticas educacionais e sociais e como as políticas sociais e educacionais estão se referindo a este fenômeno. As representações dos professores apontam o bullying como um fenômeno ancorado na agressão verbal de maneira aleatória e não como um processo contínuo. As políticas sociais e educacionais parecem deixar para outras instâncias a orientação e prevenção do fenômeno bullying.
Nas escolas, a presença da violência é muito significativa e uma das formas de violências encontrada na educação básica é o bullying que não pode ser confundido com violência de um modo geral. É um fenômeno que apresenta características próprias.
O fenômeno do bullying sempre esteve presente nas escolas, no entanto é a partir da década de 1990 que ele começa a fazer parte de investigações científicas. Nogueira (2007, p. 93) relata que “pesquisadores de todo o mundo atentam para esse fenômeno apontando aspectos preocupantes quanto ao seu crescimento e, principalmente, por atingir os primeiros anos de escolaridade”. O bullying pode causar medo, constrangimento, angústia e raiva reprimida, o que vem interferindo no processo de ensino e aprendizagem, como aponta Fante (2005, p. 24).
Os professores hoje lidam com uma diversidade maior em sala, o que leva os profissionais a ter a exigência de organizar diferentes situações de aprendizagem e realizar encaminhamentos de mediação entre os alunos, sendo no ambiente escolar onde acaba ocorrendo o encontro das diversidades. Todas as interações humanas, que surjam entre duas pessoas ou entre dois grupos, pressupõem representações” e essas representações são essenciais para que se compreenda como o fenômeno bullying