Bullying
Brincadeiras de mau gosto como chamar o colega de baleia, feio, dentuço, ou seja, brincadeiras que de alguma forma tendem a ofender seus receptores, estão presentes no cotidiano das salas de aula e a partir do momento em que seus receptores passam a sofrer as conseqüências oriundas dessas brincadeiras, seja elas no âmbito afetivo ou na aprendizagem, esta criança se torna mais uma vítima do bullying. O bullying é considerado toda forma de agressão, seja ela física ou verbal, sem um motivo aparente, causando em suas vítimas conseqüências que vão desde o âmbito emocional até conseqüências na aprendizagem (FANTE, 2005). Essas brincadeiras passaram a ser denominadas de bullying em meados da década de 90, e o primeiro a relacionar essas brincadeiras ao nome de bullying foi Dan Olweus, pesquisador e educador da universidade de Bergen, na Noruega. Fez inúmeras pesquisas com relação às conseqüências que o bullying pode acarretar em suas vítimas. A partir de então, várias pesquisas a respeito das causas e conseqüências do bullying passaram a ser desenvolvida. Os Estados Unidos é um grande pioneiro nas pesquisas e também na prevenção e combate ao bullying em suas escolas. Uma grande tragédia, ocorrida no ano de 2001, na qual dois jovens de 15 anos entraram em uma escola secundária e assassinaram a tiros treze alunos e em seguida se suicidaram. A polícia descobriu que esses dois alunos eram vítimas de bullying nessa escola. Esse é um caso em que o bullying gerou uma grave conseqüência. Devido a este fato, os Estados Unidos mantém uma rigorosa política de prevenção ao bullying. No Brasil, o bullying passou a ser conhecido e estudado pela ABRAPIA (Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência) onde desenvolveu-se um projeto em onze escolas na cidade do Rio de Janeiro. O objetivo do projeto era conscientizar e prevenir a ocorrência de bullying nas escolas. Professores e alunos participaram do projeto que obteve