Bullying
Os agressores, longe de não se verem afectados pelas consequências dos seus actos, desenvolvem, ao longo dos anos, várias tendências, que podemos caracterizar como comportamentos de risco. De entre os comportamentos de risco identificados, destacamos os seguintes (Gaspar, 2006; McCarthy, Sheehan, Wilkie e Wilkie, 1996:54):
• Consumo de álcool e de estupefacientes; fraco envolvimento escolar e familiar; absentismo e/ou abandono escolar; comportamentos que coloquem a sua integridade física em risco e a dos outros, como são o caso da condução com excesso de velocidade ou manobras consideradas perigosas e actividades desportivas de risco; suicídio.
Devido à enorme pressão a que o bullying sujeita o indivíduo, este torna-se frágil. Uma vez fragilizada, a vítima apresenta dificuldades de comunicação com os outros, o que influencia negativamente a sua capacidade de desenvolvimento em termos sociais, profissionais e emocionais/afectivos (Ventura, 2006). A incompreensão é algo que as vítimas sentem habitualmente por parte dos outros.
• Baixa auto-estima, medo, angústia, pesadelos, falta de vontade de ir à escola e rejeição da mesma, ansiedade, dificuldades de relacionamento interpessoal, dificuldade de concentração, diminuição do rendimento escolar, dores de cabeça, dores de estômago e dores não-especificadas, mudanças de humor súbitas, vómitos, urinar na cama, falta de apetite ou apetite voraz, choro, insónias, medo do escuro, ataques de pânico sem motivo, sensação de aperto no coração, aumento do pedido de dinheiro aos pais e familiares, furto de objectos em casa, surgimento de material escolar e pessoal danificado, desaparecimento de material escolar, abuso de álcool e/ou estupefacientes, auto-mutilação,