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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho busca interpretar os novos arranjos familiares existentes na sociedade. Existem fatos sociais que não devem ser explicados e sim regulados. Assim, ocorre com o tema que o presente trabalho se propõe a discutir.
Na sociedade contemporânea percebe-se uma grande evolução nos costumes e nos conceitos morais. Dentro desse progresso está o direito à opção sexual, fundamentada no direito à personalidade sexual. Em consequência do desenvolvimento cultural os paradigmas tradicionais se romperam, abrindo assim, portas para o diferente.
Em razão desse processo surgem novos modelos familiares como a família homo afetivas, dentre outras, suscitando ao Direito, que, enquanto ciência, tem como escopo regular os comportamentos sociais, a necessidade de investigar e proteger essa nova entidade familiar, bem como os reflexos advindos desses novos arranjos familiares.

2 DESENVOLVIMENTO

É fato que a sociedade brasileira nas últimas décadas vem atravessando profundas mudanças em muitos campos de vida social e individual, seja no mundo de trabalho, na relação com o meio ambiente, nas formas de lidar com a violência urbana. Porém, existe uma mudança que vem ocorrendo há algum tempo, na maioria das vezes quase imperceptível à maioria das pessoas, apesar de se tratar, na verdade, de suas vidas em termos afetivos, materiais, familiares, psicológicos, entre outros. Estamos falando do surgimento de novos arranjos familiares, no lugar da, até então consagrada família patriarcal.
A criação da família há muito deixou de ser somente através do matrimônio, haja vista, que sua definição é o reflexo das mudanças sociais, seu estudo em determinado período dá exatamente a noção política, econômica e social de uma nação. “A ideia de entidade familiar não só compreende a união estável entre o homem e a mulher, mas também outros modelos de entidade familiar entende-se, também, como entidade familiar à comunidade formada por