brise

Resenha sobre o texto: Considerações sobre o brise-soleil na arquitetura moderna brasileira

A arquitetura moderna traz discussões acerca da adequação da edificação ao clima, uma delas seria a utilização de brises-soleil em fachadas de vidro em locais de clima quente. Isso porque, quando foi pensada por Le Corbusier em meados do séc. XX, os grandes fechamentos em vidro ainda não possuiam sombras, o quê em países com insolação maior causavam ambientes extremamente quentes. Ao chegar ao Brasil esse estilo de construção precisava de grande proteção tendo então um grande aprimoramento para funcionar em um clima tão quente, esse aprimoramento se deu principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, conhecida como Escola Carioca, sendo muito utilizada por jovens arquitetos da época como Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. Esse elemento que normalmente é horizontal ou vertical, móvel ou fixo, paralelo e externo à construção, tem além de sua função de proteção à radiação, impede a entrada de luz e vento, e interfere na fachada e na forma do projeto extrapolando sua função e se transformando em elemento de composição arquitetônica. Mas com o passar do tempo os arquitetos acreditando-se "modernos" utilizavam-a em grande escala mas sem função, tendo sua utilização criticada pelos próprios arquitetos dizendo ser apenas um ornamento, um detalhe sem função. Agora no final do milênio as discussões sobre arquitetura bioclimática voltaram trazendo novamente para a pauta os brises-soleil além de outros elementos arquitetônicos. A utilização do brise-soleil vem novamente sendo utilizado funcionalmente, o que é ótimo já que ajuda no conforto térmico das construções, por possuir entrada de vento indireto pelo afastamento do elemento com o vidro, não deixando o ambiente abafado nem quente. Se levado para um âmbito maior o desenvolvimento e utilização do brise deve ser com consciência para não perder sua função e se tronar obsoleto, sendo um elemento importante tanto em sua forma como