brinquedoteca
Jacqueline da Silva Harres, Juliana Pothin,
UNIVATES-Centro Universitario. Lajeado,
Brasil. e-mail: ligiar@fates.tche.br, rochha@uol.com.br A atualidade e relevância para a realização de pesquisas em torno do brincar se evidenciam na medida em que as crianças, em geral, estão apartadas do brinquedo. Isso ocorre, basicamente por duas razões. Por um lado, as condições econômicas muitas vezes não permitem a aquisição de brinquedos relevantes para a criança. Soma-se ainda, a desorganização familiar, o trabalho prematuro, a violência contra a criança e a qualidade de vida como um todo. Por outro lado, a escola também não diminui esta distância, pois parece não valorizar muito o brincar. Raramente ela oportuniza situações, dentro e fora da sala de aula, para que a criança se expresse, invente e jogue. No espaço escolar, a preocupação recai quase exclusivamente para o desenvolvimento cognitivo da criança. Desconsidera-se, assim, que o brinquedo contém, em forma condensada, todas as tendências do desenvolvimento: socio-afetiva, cognitiva e psicomotora.
Uma possibilidade de superação destas dificuldades pode ser encontrada na disponibilização de uma brinquedoteca. Uma brinquedoteca, segundo Cunha (1992) é um espaço preparado para estimular a criança a brincar, possibilitando o acesso a uma grande variedade de brinquedos, dentro de um ambiente especialmente lúdico. É um lugar que convida a explorar, a sentir, a experimentar. Esta autora acredita que sendo um ambiente para estimular a criatividade, ele deve ser preparado de forma criativa, com espaços que incentivem à brincadeira de “faz-de-conta”, a dramatização, a construção, a solução de problemas, a socialização e a vontade de inventar.
A construção de uma brinquedoteca é um esforço no sentido de salvaguardar a infância, nutrindo-a com elementos indispensáveis ao crescimento saudável da alma e da inteligência da criança. Não representa