Brincar com o olfato
Percepção é a capacidade de reconhecer e compreender estímulos recebidos.
Os cheiros que sentimos são, para nosso desgosto em certas situações, moléculas daquilo que estamos sentindo o cheiro. Assim como o paladar, o olfato é um sentido químico e que nos ajuda a reconhecer alimentos, substâncias nocivas. O olfato desempenha papel essencial para que possamos saborear os alimentos, de maneira que ele também é importante no mecanismo de recompensa que faz com que nos alimentemos. Alguns cheiros são capazes de despertar memórias remotas.
O olfato humano é pouco desenvolvido se comparado ao de outros mamíferos, se organiza de forma a diferenciar milhares de cheiros. O ser humano é capaz de perceber mais de 10 mil diferentes odores, cada qual definido por uma estrutura química diferente. Não é de graça, portanto, que o olfato tem grande participação no gosto que sentimos nas comidas. Talvez a função mais útil do olfato seja tornar agradável o ato de comer, estimulando-nos a ingerir o combustível de que precisamos. O fato é que o cheiro exerce um papel fundamental nos processos de interação sócio-afetiva entre seres humanos. Por exemplo, bebês com menos de uma semana de idade podem distinguir entre o cheiro da própria mãe e o de estranhos.
O interessante dessa relação entre cheiro, emoção e memória é que: como cada um de nós tem um cheiro próprio, e como cada interação com uma outra pessoa nos provoca emoções, tendemos a associar à lembrança que temos de alguém a um odor específico. Assim, quando sentimos o cheiro que remete à emoção provocada por àquela pessoa, sentimos as mesmas emoções que tínhamos, ou temos, quando estamos com ela. Ou seja, é quase impossível dissociar cheiro de afeto!
O olfato da criança deve ser educado com os cheiros naturais como o perfume das flores, o cheiro da comida, da terra molhada pela chuva, etc. Evitar cheiros fortes de material de limpeza e de essências que acabam por irritar a criança deixando-a incomodada