Brincando e aprendendo: Alternativas didáticas para as crianças do campo
As brincadeiras de alguma maneira marcam a vida de todas as crianças. E o brincar é algo que envolve complexos processos de articulação entre o já dado e o novo, entre a experiência, a memória e a imaginação, entre a realidade e a fantasia. Porém, nas sociedades ocidentais, essas brincadeiras são vistas como “Coisas de crianças” sendo um tempo perdido, mesmo que traga melhoria do processo ensino - aprendizagens, e é visto na educação formal, como complementares, paralelas, extracurriculares. Mas está visão acontece por causa que a sociedade cria uma falsa dicotomia de que o trabalho é algo sério e brincadeira é apenas um tempo livre.
Borba afirma no texto fundamentada em Vygotsky (1987) de que o brincar é uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas possibilidades de interpretação, de expressão e de ação pelas crianças, assim como de novas formas de construir relações sociais com outros sujeitos, crianças e adultos.
No texto mostra que quando as crianças pequenas brincam de ser outro como o pai, mãe, médico, monstro, fada, bruxa, ladrão, bêbado, polícia, etc. Refletem sobre suas relações com esses outros e tomam consciência de si e do mundo, estabelecendo outras lógicas e fronteiras de significação da vida. As brincadeiras contribuem não só para o desenvolvimento cognitivo, mas também o motor, o social e o físico.
Ao chegar no universo escolar, as crianças devem assumir um papel ativo no contato direto com os objetos com os quais brinca, definindo e cumprindo regras, almejando alcançar objetivos pré-estabelecidos. Essas regras e objetivos são o que faz das brincadeiras e jogos não apenas um momento de passar o tempo ou tempo livre como dito acima, pois ao se tornar adultos essas crianças já terão consciência que a vida existe regras e objetivos para se cumprir.
Ao educador como diria Paulo Freire cabe um papel de mediador, que