Breve histórico da evolução do comercio mundial
As origens do comércio internacional podem ser observadas por alguns aspectos como o despertar intelectual, o avanço da ciência, as mudanças de padrões de crescimento demográfico notados na Europa, no período da Renascença, e por diversos fatores como guerras e doenças, o avanço da população da zona rural para os centros urbanos. Este é apenas um exemplo dos muitos fatores que levaram a um redimensionamento das fronteiras internacionais, como as grandes navegações financiadas por nações ricas em busca de metais preciosos. Em meio a essas modificações, causadas pela Revolução Comercial, destaca-se a emergência de uma burguesia, caracterizada principalmente na figura do mercador. Graças a esse tipo de comerciante, uma espécie de empreendedor da época, acontecem as primeiras migrações de determinados tipos de produtos para certas regiões que dantes não o consumiam. Além desses fatores, uma série de outras articulações em congruência, ao intensificarem o comércio internacional, originaram o que hoje é conhecido como mercantilismo.
Embasado em três pilares: acúmulo e estoque de metais – metalismo –, monopólio pela relação metrópole-colônia e comércio exterior e produção interna, ambos voltados a manter uma balança comercial favorável, o mercantilismo foi cedendo espaço ao liberalismo. O liberalismo por sua vez, gerou mudanças muito mais profundas e foi de extrema importância para direcionar os rumos do comércio internacional para as formas conhecidas hoje. As transformações mais bruscas passaram pela forma de pensar o comércio estabelecida pela Igreja Católica e o Protestantismo, que se antes apregoavam que não era certo cobrar juros, ou preços indevidos – usura –, agora incentivavam o acúmulo de riquezas e o trabalho como oposição à indolência. A iniciativa individual gerou também uma cada vez mais crescente desvinculação do Estado. Surge então a produção em larga escala, custos reduzidos e aumento