Brenda
A aclimatabiliade favoreceu o português, tanto quanto a miscibilidade e a mobilidade, na conquista de terras e no domínio de povos tropicais. Portugal soube ganhar onde outros europeus perderam. “O português(...) por todas aquelas felizes predisposições de raças de mesologia e de cultura a que nos referimos, não só conseguiu vencer as condições de clima e de solo desfavoráveis ao estabelecimento de europeus nos trópicos, como suprir a extrema penúria de gente branca para a tarefa colonizadora unido-se com mulher de cor. (...) os potugueses que pela hibridização realizariam no Brasil obra verdadeira de colonização, vencendo a adversidade do clima.” (p. 87)
“ O português, no Brasil teve de mudar quase radicalmente o seu sitema de alimentação, cuja base se deslocou (…) do trigo para a mandioca.” Segundo Freyre, isso “dá à obra de colonização dos portuguese um caráter de obra criadora, original, a que não pode aspirar nem a dos ingleses na América do Norte nem a dos espanhóis na Argentina.” (p. 89) “No Brasil, como nas colônias inglesas de tabaco, de algodão e de arroz da América do Norte, as grandes plantações foram obra não do Estado colonizador, sempre somítico em Portugal, mas de corajosa iniciativa particular. (...) Foi a iniciativa particular que, concorrendo às sesmarias, dispôs-se a vir povoar e defender militarmente como era exigência real, as muitas léguas de terra em bruto que o trabalho negro fecundaria.” (p.91 e 92)
“Atraídos pelas possibilidades de uma vida livre, inteiramente