BRASIL
Em 2010, a “África do Sul” recebeu um dos maiores eventos esportivos do planeta, a “Copa do Mundo de Futebol”, que, pela primeira vez, foi realizada em um país africano. A décima nona edição da competição, que foi disputada entre 11 de junho e 11 de julho de 2010 com partidas realizadas nas cidades de Bloemfontein, “Cidade do Cabo”, Durban, Nelspruit,Polokwane, “Porto Elizabeth”, Pretória, Rustemburgo e Johanesburgo contou com a participação de trinta e duas seleções nacionais qualificadas para participarem desta edição do campeonato[1] ocorrido em um país em que as torcidas fazia pouco tempo não se dividiam pelas cores da camisa dos jogadores, mas pelas cores da pele dos próprios torcedores. Com o advento da Copa, os sul-africanos imediatamente acreditaram nas promessas de mais emprego, turistas e investimentos bilionários que viriam a reboque com o megaevento. Mas em prática, conforme começou a ser divulgado na mídia, a realidade, sob a visão de especialistas e da própria população, é de que a Copa não forneceu o que os organizadores prometiam e a mídia fazia questão de divulgar. Mesmo os compromissos apresentados ainda no documento de candidatura se quer foram cumpridos. Com a proximidade do evento no Brasil em 2014, ressurge todo um momento pré-Copa no qual vem à tona discursos díspares pautados pelas discussões acerca dos potenciais benefícios ou malefícios que o evento pode instaurar no país. Em meio a estes conflitos, pode-se observar claramente a existência de uma palavra central que é sempre proferida exaustivamente quando se trata de tentar legitimar os discursos, sejam estes advindos da corrente dos “pessimistas” ou dos “otimistas”. A expressão: legado vem gerando polêmicas que giram em torno da capacidade do evento deixar heranças que venham a justificar todo o investimento feito, principalmente quando este é realizado pelo Estado, leia-se, automaticamente, advindos