Brasil Rep Imigrante E O Caf Em SP
O CAFÉ NO ESTADO DE SÃO PAULO
Thaís Gonçalves Silva1
República Brasileira e o Imigrante
A República Brasileira, declarada em 15 de Novembro de 1889, trazia um novo modelo de vida para os brasileiros. Marcado pela separação política com Portugal e a afirmação de uma cultura própria dos Estados Unidos do Brasil, os brasileiros criavam seus heróis e afirmavam suas raízes. Há apenas 1 ano antes, Princesa Isabel, filha de D. Pedro II assina a Lei Áurea em 13 de maio de 1888. A lei permitia que os escravos fossem livres abolindo a escravatura no Brasil a partir de então. Sem os escravos para trabalhar, a história da imigração aumentava no Brasil. Por mais que imigrantes já existissem no Brasil no Segundo Reinado, após a Proclamação da República ganha maior estaque. Foi retomado os esforços para atrair trabalhadores de outros países a partir de 1871, ano que foi assinada a lei do Ventre Livre, libertando os filhos das escravas. (FAUSTO, 2012).
A produção de café em São Paulo
Cabe ressaltar que os paulistas possuíam uma próspera atividade na agricultura. Desde a década de 1830, o principal item na economia brasileira era o café. No ano de 1900, o produto exportava 10 vezes mais do que o açúcar, vinte vezes mais do que o algodão e quase 30 vezes mais do que o tabaco. (PRIORI; VENANCIO, 2010). Vários autores historiográficos retratam sobre a burguesia cafeeira e a política econômica no Brasil. Celso Furtado no livro Formação Econômica do Brasil (1959), defende a idéia de uma quase total submissão da política econômica do governo federal aos desejos do setor cafeeiro. Winton Fritsch nos livros “Aspectos da Política Econômicas no Brasil: 1906-1914” (1880), “1924” (1980) e no livro “ Apogeu e crise na Primeira República: 1900-1980” (1989), relativa as afirmações de que o governo sempre se curvou às pressões da cafeicultura, no sentido de apoiar programas de valorização do café. (GOMES ; FERREIRA, 1989). Del Priori e Nenancio diz que o aumento