Brasil pós Crise
A crise imobiliária que atingiu os EUA em 2008 foi agravada com o crescimento nas hipotecas conhecidas como "subprime" (de maior risco). A crise causou turbulências nos mercados financeiros mundiais e ainda não há previsão para que a situação volte ao clima de estabilidade pré-crise porque anda não se sabe quanto os principais bancos mundiais ainda poderão perder.
Em meados de 2008, gigantes como Citigroup, JP Morgan, Merrill Lynch e UBS já anunciaram perdas de bilhões de dólares. A crise no setor imobiliário americano também fez com que a economia americana tivesse uma desaceleração de 4,9% no terceiro trimestre de 2007 para 0,6% no quarto. A expectativa é de que no primeiro trimestre deste ano o PIB (Produto Interno Bruto mostre um desempenho negativo).
O Fed já reduziu sua taxa de juros cinco vezes deste setembro do ano passado (em janeiro deste ano foram dois cortes, um fora do calendário regular), de 5,25% para 3% no período. O Senado americano também aprovou uma proposta de pacote de estímulo fiscal, para incentivar o consumo nos EUA e evitar a recessão (cerca de 70% de toda a atividade econômica americana é movimentada pelo consumo).
Já o BCE manteve na semana passada a taxa de juros na zona do euro em 4%. O presidente do banco, Jean-Claude Trichet, disse que existem "riscos em alta para a estabilidade dos preços a médio prazo na zona do euro" e qualificou de "saudáveis" os dados econômicos fundamentais.
Os EUA enfrentaram uma espiral de crescimento dos déficits públicos muito mais intensa que a prevista pelo GAO - United States Government Accountability Office no início de setembro de 2008. Naquele momento era previsto que, em 30 anos, o déficit público americano poderia situar-se entre 6% e 15% do PIB, porém, se for confirmado o déficit previsto de 1,8 trilhões de dólares. esta faixa seria atingida já no presente exercício com o equivalente a mais de 13% do PIB, totalmente insustentável no longo prazo.
O déficit