JOUVENEL, Bertand de. O Poder: História Natural de Seu Crescimento, Da Obediência Civil, 39, Editora Peixoto Neto

1237 palavras 5 páginas
JOUVENEL, Bertand de. O Poder: História Natural de Seu Crescimento, Da Obediência Civil, 39, Editora Peixoto Neto

TEMA: “Tudo repousa sobre a obediência. E conhecer as causas da obediência é conhecer a natureza do Poder.” (40)

OBJEITIVO: “E devemos nos perguntar não mais qual deve ser a forma do Poder, o que constitui a moral política, mas qual é a essência do Poder, o que constitui uma metafísica política” (39)

HIPOTESES:
I.O MISTÉRIO DA OBEDIENCIA CIVIL
- “(...) o Poder nos aparece então como uma pequena sociedade que domina uma mais ampla.”
- “(...) comporta dois sentidos muito diferentes. Ele designa em primeiro lugar uma sociedade organizada com governo autônomo, e nesse sentido somos todos membros do estado (...)Mas ele denota, por outro lado, o aparelho que governa essa sociedade. Nesse sentido, os membros do Estado são os que participam do Poder – o Estado é eles. Se for dito então que o Estado, entendido como aparelho de comando, comanda a Sociedade, não se faz senão emitir um axioma; mas, se em seguida for introduzido sub – repticiamente sob a palavra estado seu outro sentido, vê-se que a sociedade é que comanda a si mesma, tal como se queria demonstrar.” (42)
- “Evidentemente, isso não passa de uma fraude intelectual inconsciente. (...) Supondo que seja verdadeiramente assim – o que resta examinar – é que patente que nem sempre, nem em todo lugar, isso aconteceu, que a autoridade foi exercida por Poderes claramente distintos da Sociedade, e que a obediência foi obtida por eles” (43)
- “(...) dever-se-ia naturalmente constatar que nos regimes monárquico e aristocrático os instrumentos de coerção atingem o máximo, pois tudo se espera deles, enquanto nas democracias modernas atingiram o mínimo, pois nada se pede aos cidadãos se não o que desejaram. Mas constatamos, ao contrário, que o progresso da monarquia à democracia foi acompanhado de um prodigioso desenvolvimento dos instrumentos coercitivos. Nenhum rei dispôs de uma política

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