Brasil, país do futebol e do orgulho efêmero
Tamanha penetração no orgulho de toda nação revela sentimentos de união e amor ao país, especialmente quando se trata do “país do futebol”. As pessoas se vestem de verde e amarelo e saem às ruas para incentivar a seleção canarinha. As famílias, os amigos se reúnem na frente da televisão e vibram, gritam, choram como se suas vidas dependessem daquele gol.
Entretanto, esse engajamento absoluto da população cessa quase que instantaneamente com o fim do Mundial. Talvez perdure por mais alguns dias se o Brasil levantar a taça, mas não passará disso. Os patriotas se despem do apoio incondicional à nação e passam a criticar veementemente os políticos, a saúde, a educação, o trânsito.
Ocorre que não basta apontar os problemas e assistir a tudo passivamente. É preciso vestir a camisa para transformar o nosso país em um lugar melhor, mais digno para se viver. Pequenas atitudes fazem a diferença: votar de modo consciente; ajudar no combate à dengue; engajar-se em alguma ação social; respeitar as sinalizações de trânsito; jogar lixo no lixo; entre tantas.
E assim, o Brasil será não apenas o país do futebol, mas também o país da igualdade, da justiça, da sustentabilidade, da partilha. Só então poderemos inflar o peito e sentir orgulho de ser brasileiro. Não o patriotismo efêmero em época de Copa do Mundo, mas um sentimento verdadeiro, construído dia após