Brasil na 2ª Guerra mundial
O Brasil, embora estivesse sendo comandado por um regime ditatorial simpático ao modelo fascista (o Estado Novo), acabou participando da Segunda Guerra Mundial junto aos Aliados.
Em fevereiro de 1942 submarinos alemães e italianos iniciou o torpedeamento de embarcações brasileiras no oceano Atlântico em represália, segundo os diários de Goebbels, à adesão do Brasil aos compromissos da Carta do Atlântico (que previa o alinhamento automático com qualquer nação do continente americano que fosse atacada por uma potência extracontinental), o que tornava sua neutralidade apenas teórica.
De fundamental importância para que o governo brasileiro paulatinamente se alinhasse com os Estados Unidos e, consequentemente, com a causa aliada, a partir de Pearl Harbor, foram: as tentativas veladas de ingerência nos assuntos internos brasileiros por parte da Alemanha e Itália, especialmente a partir da implantação do Estado Novo; a progressiva impossibilidade, a partir do final de 1940, de manter relações comerciais estáveis e efetivas com esses países devido à pressão naval britânica e, posteriormente, americana; e a chamada política de boa vizinhança praticada pelo então presidente Roosevelt, que, entre outros incentivos econômicos e comerciais, financiou a construção de uma gigantesca siderúrgica, a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional). Segundo informações da época, os Estados Unidos tinham supostamente planos para invadir a região Nordeste do Brasil, caso Getúlio Vargas insistisse em manter a neutralidade do país.
Durante o ano de 1942, em meio a incentivos econômicos e pressão diplomática, os americanos instalaram bases aeronavais ao longo da costa Norte-Nordeste brasileira. A mais importante delas ficava no município de Parnamirim, vizinho à capital Natal, no estado do Rio Grande do Norte. Esta base, chamada de "Trampolim da Vitória", foi de especial importância para o esforço de guerra aliado antes do desembarque de tropas