Brasil Império Primeiro Reinado (1822 – 31) Após declarar a Independência do Brasil e coordenar a repressão aos focos de resistência à emancipação, D. Pedro I lutou pelo reconhecimento da nova nação no exterior, o que diminuiria as chances dessa voltar a ser uma colônia. Em 1824, os EUA reconhecem a Independência do Brasil em função dos princípios da Doutrina Monroe de 1823 (“América para os americanos”), que visava afastar a influência européia do continente. Portugal, então, negocia o reconhecimento em troca de uma enorme indenização ao governo português. Porém o país possuía dívidas com a Inglaterra, então acaba por transferir tal dívida para o Brasil como forma de pagamento. Assim, em 1825, Portugal reconhece a Independência brasileira e o Brasil assume uma dívida com os ingleses para indenizar o país. A Inglaterra, visando comercializar com o Brasil, também reconhece a Independência em 1825, mediante a renovação dos tratados de 1810. O Brasil aceita tal condição, sendo obrigado a manter tais taxas para outras nações para garantir o reconhecimento de sua Independência. A Inglaterra demanda também o fim do tráfico de escravos, visando aumentar o mercado consumidor, mas D. Pedro dependia do apoio da elite agrária, não atendendo a essa exigência e elaborando uma lei sem fiscalização alguma (“Lei para inglês ver”). No âmbito da política interna, o primeiro conflito entre D. Pedro I e a elite brasileira ocorreu devido à elaboração da Constituição Nacional. A Assembleia de 1823 compôs o primeiro projeto constitucional brasileiro, de caráter liberal (inspirado no iluminismo), que defendia o Poder Legislativo, esse no comando da aristocracia rural (líder: José Bonifácio). O projeto visava à limitação do poder real de modo que D. Pedro I governaria, mas a elite faria as leis. Além disso, o projeto era antidemocrata, delegando o direito de voto aos latifundiários com uma renda mínima em alqueires de plantações de mandioca (Constituição da Mandioca), e deixava