Brasil Imperio
A vinda da família real
A família real portuguesa chegou à capital em 1808, abrindo portos e permitindo a entrada de produtos estrangeiros, o que incrementaria a alimentação. A partir desse momento, caiu no gosto da elite do Brasil a gastronomia francesa.
No inicio de Império, o arroz uniu-se ao feijão, nascendo a combinação popular do País até hoje. O café se sobressaiu na economia, enriquecendo o País e trazendo imigrantes dos mais variados países para compor a mão de obra agrícola. Eles iriam fazer parte da nossa diversidade gastronômica.
A Vida da corte portuguesa
Quando a Família real desembarcou no Rio, a capital do País era uma pequena cidade de 46 ruas estreitas, de terra batida, com casas de aparência modesta. Não havia água e a população era composta por escravos e mestiços.
O comércio de alimentação se realizava em feiras livres. Negras quitandeiras ofereciam pelas ruas uma alimentação baseada em produtos da terra como milho e a mandioca, preparando pratos como farofas, pirão, canjica, angu e beiju.
Tudo isso iria mudar. De um dia para o outro a cidade tornou-se a sede do Império Português, e os costumes locais se adaptariam aos da realeza recém-chegada.
Debret e as cenas cotidianas do Rio de Janeiro
Uma iniciativa de D. João VI para embelezar a cidade foi incentivar as artes. Para isso, apoiou a vinda da chamada Missão Cultural Francesa, em 1816, e fundou a academia nacional de belas artes. Chegaram arquitetos e pintores entre eles Jean-Baptiste Debret, que morou 15 anos no País, boa parte no Rio.
Debret escreveu Viagem pitoresca e histórica pelo Brasil e relatou com fidelidade cenas da vida publica e privada em cerca de 200 gravuras. Sem essa contribuição não conseguiríamos ter uma imagem confiável de como se vivia, do que comia, dos costumes da época de D. João VI, sobre tudo no Rio de Janeiro.
Seus quadros mostravam o tipo de humanos que fervilhavam pelas