Brasil colonial
Vamos ver o modo como à educação no Brasil se constituiu como setor que se tornou alvo de políticas, com uma estreita articulação com as características que moldaram uma abordagem histórica.
Se tratando como o tratamento da questão educacional tem sido sempre condicionado pelos valores autoritários que presidem as relações sociais brasileiras e que se escrutam nossa cultura desde os tempos coloniais.
Onde a uma busca de uma perspectiva para estabelecer os nexos entre o universo cultural e simbólico próprios do país o ruma das políticas públicas de educação e a persistência de um padrão educacional excludente e seletivo.
1º Prenúncios da educação como uma questão nacional
No Brasil, tal como em outras realidades, a questão educacional emerge como um tema socialmente problematizado no bojo da própria estruturação do Estado-Nação. As forças hegemônicas que impulsionaram o movimento da independência nacional não eram opostas à ordem patrimonial estruturada durante o período colonial. O objetivo, pois era libertar as atividades produtivas do domínio metropolitano sem alterar a estrutura socioeconômica, apoiada no grande latifúndio e no regime de trabalho escravo, a luta entre forças econômicas e sociais opostas, que caracterizou a implantação da ordem burguesa em outras sociedades.
Apesar desse conservadorismo, foi, porém, o ideário liberal o acionado como substrato doutrinário do novo momento, em suas formulações, filtradas e adaptadas pelo interesse prevalecentes, forneceram a justiça para o projeto da sociedade livre. A primeira constituição, de 1824, pode ser tomada como indicadora da referencial normativo que então se implantava. Num país onde os escravos correspondiam a mais de um terço da população, a norma legal prescreveu “A inviabilidade dos direitos civis e políticos dos cidadãos brasileiros, que por base a liberdade, a segurança individual e a