Brasil ABC
Santo Agostinho trás para a sua época um pensamento politico novo, contudo com traços já conhecidos na filosofia Platônica. Contudo, a função politica para Santo Agostinho não deve se limitar a resolver problemas de cunho material. Como o ser humano é um todo, ela deve ser esforçar para proporcionar aos cidadãos da pátria terrena condições para a prática do culto ao Deus verdadeiro. Do contrário nunca atingirá com autenticidade a concórdia social. Vemos também que a ética agostiniana se fundamenta no amor de Deus. Ela encontra sua verdadeira razão de ser na prática do preceito evangélico“Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. O pensamento Agostiniano acerca da politica está permeado e fundamentado na transcendência do ser humano. Ele se articula com a Teologia sobra a qual deposita suas esperanças, pois a politica, como função especifica da Cidade Terrestre é importante enquanto atividade que promove a pax romana temporalis e ao mesmo tempo prepara para a Cidade Celeste. O exercício do poder politico em Santo Agostinho embora tenha valor relativo, como, aliás, todo o mundo criado, desempenha um papel importante na sociedade terrestre como meio que garante o bem comum e a segurança dos cidadãos. Estes cidadãos devem trabalhar para viverem tranquilos sobre uma ordem. Evidentemente que esta tranquilidade da ordem à qual se refere Agostinho também aparece na Cidade Celeste, que só sera uma realidade quando o exercício da função politica for fundado no verdadeiro Amor na Caritas, como denomina o próprio Santo Agostinho. Sendo, porém, uma instituição exercida por homens marcados pelo pecado, a politica para ser com autenticidade e justiça, necessita da graça de Cristo. Santo Agostinho enfatiza que só haverá convivência justa nas organizações sociais quando Cristo for o alicerce e o centro inspirando e ao mesmo tempo dirigindo as ações humanas. Para Santo